#9 Abas Infinitas - Mãe o tempo todo, profissional o tempo todo
Eles dizem que você deve pegar sua dor e transformar em arte. Pegar o que é mais pessoal seu e mostrar para o mundo, porque alguém, em algum lugar, vai se conectar com aquela mesma sensação, afinal somos todos humanos. A chance da gente ter uma dor única no mundo é bem pequena.
No meu caso, a pandemia mexeu bastante com o arranjo que eu tinha entre vida pessoal e trabalho. Principalmente entre ser mãe e trabalhar. Antes da pandemia, eu fazia essas duas coisas, mas cada uma estava organizada direitinho em um pedaço do dia.
Eu acordava, levava meu filho para a escola, ia para o trabalho, trabalhava, voltava e o buscava na escola, cuidava e brincava com ele até dormir. Era uma rotina difícil e cansativa e me lembro de dizer que eu sentia que estava sempre deixando faltar para alguém. Afinal, ele ficava 7 horas do dia na escola, o que eu considerava muito, e eu trabalhava 7 horas contando com a hora do almoço, o que era considerado pouco para uma jornada normal do mercado de trabalho atual.
Hoje, quase um ano depois do início da pandemia, posso dizer que minha rotina mudou completamente. Meu trabalho virou totalmente remoto e isso significa que ele se espalhou durante todo o meu dia. Não fico oito horas sentada na frente do computador, mas todas as horas do meu dia são grudadas ao celular para ver se chegou alguma mensagem nova de alguém da equipe.
Meu trabalho como mãe também virou algo que faço o dia todo, desde que acordo até a hora de dormir. Meu chefe é mais flexível, afinal ele tem 4 anos e costuma ouvir o que sua mãe tem a dizer, mas os limites para esse trabalho são bem mais difíceis de se organizar.
Meu filho deixou de ir à escola desde o início da pandemia e muitas vezes fica apenas sentado em frente à TV vendo desenhos. Outro dia, entre um call e outro, percebi que ele já estava no décimo quinto episódio de um desenho no Netflix. Aquele número bateu doído. Ele já viu 15 desses e eu fiz tão pouco no trabalho. Eu precisava entregar muito mais profissionalmente. E eu precisava entregar bem mais como mãe.
Muitas vezes ele precisa gastar energia, sair do pijama e eu aproveito a minha rotina elástica para tentar fazer algo com ele, mesmo que isso signifique estar em um call enquanto dirijo para um parque da cidade. A cada brecha na agenda, tento fazer algo com ele, descer para o parquinho, dar uma volta pelo bairro. Mas isso nunca é totalmente prazeroso pois é acompanhado de uma ansiedade constante pelas notificações no meu celular. Muitas vezes vejo que preciso voltar para o computador enquanto estou na rua e é sempre um shot de adrenalina.
Tudo isso começou a gerar muita crise de ansiedade, afinal, estou tentando encaixar dois estilos de vida em apenas uma vida. Sinto uma constante sensação de precisar estar em dois lugares ao mesmo tempo, com o mesmo nível de entrega. Penso nas mães que trabalham e como isso é difícil para elas. Meu problema não é único e nem é o maior que existe. Tem gente em situação muito pior que a minha. Mas sei que as coisas são difíceis, que levantar problemas estruturais como esse é cuspir para cima e ver cair na própria testa. O mundo não sentirá falta se eu sair pela tangente enquanto a Terra gira em sua velocidade cada vez mais rápida.
Essa mãe está sobrecarregada? Então você não pode trabalhar com isso. E mais isso e mais isso. Mas é bem injusto excluir as mães do mercado de trabalho, pois ainda ontem elas eram profissionais desejáveis e ter sido mãe não as tornou piores, mas melhores. Mães têm alta capacidade de lidar com problemas e situações complexas, de manter a calma mesmo com o mundo caindo ao seu redor, e até em sua capacidade de lidar com a frustração e ser resiliente, afinal, parte da sua vida foi embora, mas ela ainda está viva.
Mas a pandemia ressaltou essas diferenças e entre um profissional que consegue ficar sentado em frente ao computador em seu escritório improvisado em casa, e a mãe que está fazendo almoço enquanto decide coisas do trabalho, é claro que um estado de espírito mais tranquilo e focado vai levar vantagem. Como incluir os diferentes para que todos possam entregar sem resultar nesse caminho para o esgotamento mental das mães?
Nós não somos multitarefa como gostamos de pensar. Se eu estou focada em algo e quero assumir uma nova tarefa, consequentemente preciso desligar do que estava fazendo. Isso significa parar de prestar atenção no que meu filho está falando e ficar olhando para o computador com olhar catatônico. Geralmente essa ação é seguida de uma reação dele: ele começa a gritar chamando minha atenção ou fica repetindo a mesma frase até que eu volte a minha atenção para ele.
O mesmo acontece quando estou distraída com ele e meu trabalho quer chamar minha atenção. Ele usa de bipes e tremidas para dizer que coisas estão acontecendo sem mim e que eu sou uma péssima profissional. Ele bipa até eu ceder e olhar o que está acontecendo nas notificações. Muitas vezes é só um HAHAHA ou uma figurinha de BBB no grupo da firma. Mas já era, ele já conseguiu minha atenção, mesmo que não fosse para nada.
É bizarro esse deslocamento do estar presente em dois lugares: um físico e outro virtual. Em tese, meu filho falando comigo deveria chamar mais minha atenção do que a mensagem que acabei de abrir, afinal, ele está na minha frente, na vida real. Mas a vida real virou também virtual, afinal, meu salário vem da vida virtual (e salários são coisas bem reais). É preciso manter o que eu conhecia como vida profissional, só que agora em outro universo. E esse universo demanda muito mais por causa da distância, das falhas de comunicação e da própria natureza do trabalho que sempre pede mais e mais minha atenção.
Agora imagina ficar o dia inteiro da vida acordada entre essas duas demandas infinitas. O trabalho que nunca acaba e o filho que nunca pode ter uma vida própria ou interagir com outras pessoas enquanto eu trabalho.
A sensação de impotência é constante, assim como a sensação de incapacidade de entregar o que o mundo está exigindo. Aceitar que talvez esteja demais é um caminho, mas geralmente a sensação é de um grande carimbo me taxando de "má profissional" ou "má mãe".
Aceitar sua dificuldade de lidar com tudo é um passo importante para entender que: ninguém consegue dar conta de tudo. O primeiro passo é identificar com o quê você precisa de ajuda e quem poderia entrar na sua vida para ajudá-la, nesse momento. E aceitar essa ajuda sem culpa, talvez seja o último passo nessa caminhada para um lugar mais tranquilo.
Recentemente as escolas voltaram a operar presencialmente e foram dias e dias me questionando se deveria expô-lo a um vírus mortal, sendo que de certa forma já estávamos adaptados (eu no computador, ele no décimo quinto episódio da série sobre dinossauros). Sabia que ele precisava voltar à vida, precisava socializar e ter um mundo próprio e que sua rotina e noção de que há um mundo lá fora foram diretamente afetados pela pandemia. Percebi que quando ele encontrava uma criança do seu tamanho, geralmente saía correndo atrás dela, sedento de contato social. De uma forma ou outra, ele já estava exposto ao vírus no parquinho do prédio ou passeando comigo pela cidade. Por que não fazer essa transição de forma gradual?
Diante de tanta dificuldade de decisão, acabei aceitando a ajuda da escola. Era o melhor a fazer para ele, e para mim também, mas onde colocar a culpa e os medos todos? No dia em que o levei, ele ficou super tranquilo, disse tchau e entrou na escola. Senti um alívio sem tamanho, por ter conseguido fazer todo esse movimento. Fiquei feliz de ver que ele estava pronto para assumir sua própria vida e que haveria espaço para mim agora. Por mais que sejam poucas horas por dia, eu ia poder parar de pular entre ele e o trabalho e quem sabe poder existir cinco minutos em silêncio.
Ali, no portão da escola, ficou claro algo que era óbvio para o "eu" pré-pandemia, mas que ficou tão perdido diante de tanta bagunça. As mulheres profissionais precisam de ajuda. É impossível trabalhar e ser mãe ao mesmo tempo. É impossível ser profissional competitiva e praticar a maternidade com alto nível de entrega envolvendo doçura, compaixão, ideias lúdicas, atenção. As mulheres não podem ter tudo.
Esse texto é um desejo para que a gente possa assumir isso tranquilamente, fazer as concessões necessárias, se perdoar aqui e ali por não ser o bastante e viver sem pirar tanto.
Coisas legais que vi recentemente:
10 anos com Hayao Miyazaki (documentário)
Confesso que nunca vi nenhum filme do Miyazaki apesar de saber que os filmes são maravilhosos. Ele tem vários filmes de animação premiados como A Viagem de Chihiro, Meu vizinho Totoro e Ponyo. A viagem de Chihiro foi o único filme estrangeiro a ganhar o Oscar de melhor animação até hoje. E todos esses filmes estão na Netflix, então é só apertar o play. Mas por algum motivo misterioso (na verdade, por causa desse tweet), resolvi assistir a esse documentário antes de ver os filmes. São 4 capítulos com legendas em português. É sobre o processo de criação do Miyazaki. O doc foi produzido pela TV japonesa e acompanha o diretor japonês enquanto ele cria o enredo de Ponyo. Qualquer pessoa que tenta criar qualquer coisa vai se identificar com o diretor. Ele senta para começar a trabalhar e resolve apontar todos os lápis primeiro, depois vai dar uma volta no quarteirão. Em algum momento, ele resolve ir viajar para ficar totalmente sozinho e ver se consegue criar algo. É interessante ver como alguém super virtuoso consegue vencer o bloqueio criativo e transformar ideias em um trabalho grandioso. É bem legal também acompanhar como funciona um dos estúdios de animação mais importantes do mundo, o Studio Ghibli. Em determinado momento do documentário, Miyazaki vai à pré-estreia do primeiro filme do filho dele, Contos de Terramar. Ele está reticente sobre o filho dirigir um filme de animação. Ele diz que sente que o filho ainda não está pronto. Não vemos o pai cumprimentar o filho, ele já vai direto para a sala de exibição. O filme começa e podemos acompanhar a reação de Miyazaki na sala escura. Após uma hora de exibição, ele sai da sala para fumar e diz: "não se deve fazer um filme baseado em suas emoções". Descobrimos que ele foi um pai ausente e que muito do contato do filho com o pai foi através dos filmes que o pai produziu. Aquela obra que estava sendo exibida tinha muitas referências aos filmes do pai e isso provavelmente o irritou. Ao final ele não bate palmas como as pessoas que estão presentes na sala. O documentarista pergunta o que ele achou e ele diz: "eu estava vendo meu garotinho (…) Ele ainda não é um homem". É bem doloroso ver essa relação entre pai e filho - e entre pessoas que estão tentando criar uma obra de arte, apesar de tudo. Eu não poderia discordar mais com aquela frase sobre fazer algo baseado em suas emoções. Sem as emoções, nós não nos conectamos com ninguém. E isso fica bem claro ao ver a relação entre pai e filho.
Pessoas para seguir: Leandra Medine Cohen
Eu me divirto muito seguindo a Leandra Medine, criadora do Man Repeller. Esse site existiu de 2010 a 2020 e sempre celebrou o uso da moda pelas mulheres de uma forma divertida. O nome do site, algo como "Repelente de Homem", fazia referência às tendências de moda que as mulheres seguiam, mas que não as deixava necessariamente mais desejáveis para os homens. Pense naqueles tênis de salto, criados pela Isabel Marant e popularizados aos extremo… De repente, todo mundo começou a usá-los, era moda, mas eles eram simplesmente feios. Só as mulheres sabiam que aquilo era um código fashion, que quem usava estava por dentro do que estava rolando na moda, e isso não tinha nada a ver com querer ficar bonita para os homens. Então, esse site sempre celebrou o uso da moda para as mulheres se divertirem, para se expressarem como são, e com humor, já que ao fazer isso, você pode se tornar sem querer uma "repelente de homens". A Leandra tem um estilo muito divertido, de quem gosta de roupas e acessórios para brincar, e agora, com filhas gêmeas, ela expressa sua moda vestindo as meninas de uma forma divertida também. Ela é super criativa e criou a hashtag #oneleggedselfie, algo como selfie de uma perna só, onde ela levanta o pé até a pia para retratar o look completo, mostrando os sapatos. Ela não se leva muito a sério e isso é o que torna tão divertido segui-la. Ali em cima, uma foto recente dela, em que ela diz na legenda: "de forma não sarcástica, eu amo ser mulher", enquanto mostra sua saia branca manchada de sangue. No ano passado, na onda das críticas sobre racismo, algumas pessoas criticaram o site por ter muitas pessoas brancas escrevendo e também por retratar a moda de uma perspectiva branca e a Leandra se afastou do site que ela própria tinha criado. Dá para perceber que ela entrou em uma crise bem grande diante dessas críticas, e muito provavelmente isso fez o site parar de ser publicado logo depois, em outubro do ano passado. É uma pena porque era um site que trazia artigos diferentes para mulheres, como: "Perguntamos a uma série de mulheres acima de 50 anos sobre suas vidas sexuais" e coisas assim. Recentemente ela começou a publicar uma newsletter, que se chama Cereal Aisle, algo como "corredor dos sucrilhos", onde ela conta um pouco sobre sua vida como mãe em NY durante uma pandemia e sobre suas visitas ao supermercado.
12 Life Lessons From Mathematician and Philosopher Gian-Carlo Rota (link)
Não posso ver um link com lições de vida que eu já clico na hora. Estou sempre em busca de me inspirar no conhecimento que os outros adquiriram sobre a vida, e esse link foi bem interessante. Descobri ele na newsletter que assino e raramente leio, a FS - Farnam Street. O matemático e filósofo Gian-Carlo Rota passou grande parte de sua carreira no MIT, onde os alunos o adoravam por suas aulas envolventes e apaixonadas. Em 1996, Rota deu uma palestra intitulada “Dez lições que eu gostaria de ter sido ensinado”, que contém conselhos valiosos para fazer as pessoas prestarem atenção às suas ideias. Aqui, ele fala muito sobre como organizar suas ideias para ser ouvido, um conselho que pode servir para professores, mas também para escritores ou qualquer um que precise expressar suas ideias na vida profissional. Alguns dos conselhos são: foque em apenas um assunto; não ultrapasse o tempo que você tem pois isso lhe custa a atenção de quem está ouvindo; fale de uma forma simples, para que as pessoas possam se relacionar com o tema; dê algo para as pessoas levarem para casa (diga alguma frase que elas vão se recordar depois); ajude as pessoas a fazerem anotações simples sobre o tema; entre outras.
73 questions - o cara por trás da voz
Você já deve ter visto esse formato de entrevista criado pela Vogue americana, que consiste em fazer 73 perguntas para alguma celebridade em sua casa. A celebridade é bombardeada por perguntas em um longo take enquanto faz coisas aleatórias ou anda por sua casa. Tem episódios com a Kim Kardashian, Gisele Bundchen (e um passeio pela sua "pequena" casa), Lady Gaga, Roger Federer, Phoebe Waller-Bridge… É um formato meio irresistível, você começa a ver um e quer ver mais. E as perguntas são as mais variadas, como "você prefere observar pássaros ou observar baleias" ou "qual a sua palavra preferida". Ao sair do script natural de uma entrevista com celebridade, ele acaba captando momentos de vulnerabilidade e também espontaneidade. E você sempre fica na dúvida se aquilo foi roteirizado ou não, eu sempre me pergunto como a celebridade consegue responder perguntas tão esdrúxulas de uma forma tão natural. Por isso achei interessante essa entrevista com o videomaker que criou esse formato, Joe Sabia. Ele diz que: sim, a celebridade vê o roteiro antes (e depois que li isso, me pareceu óbvio). Ele conta que criou o formato pois tinha uma entrevista com a Sarah Jessica Parker e precisava imaginar algo diferente para esse vídeo. Ele pensou em fazer 100 perguntas uma atrás da outra, de uma forma que poderia parecer cômico até. E ela olharia para a câmera como se olhasse para alguém que está curioso sobre ela. Ao propor isso para a atriz, ela sugeriu que fosse filmado na casa dela. E assim, adaptando à essa primeira entrevista, nasceu o formato das 73 questões. Inclusive, é interessante assistir às 73 questões com a Sarah Jessica Parker para ver como foi o primeiro vídeo nesse formato tão original.
Family guy - Prime video
Para mim, esse é o desenho mais genial já criado. Eu assisto pensando em quantos processos cada episódio deve ter levado, já que eles citam personalidades, músicas, e referências reais o tempo todo. As piadas são politicamente incorretas e talvez seja por isso que seja engraçado, é como se os escritores não tivessem nenhum filtro moral. Outro dia, li em algum lugar que o humor politicamente incorreto é tão interessante e importante pois diz muito sobre a sociedade que o produziu e sobre a liberdade de expressão. É claro que você não precisa humilhar nenhum grupo étnico ou minoria para ser engraçado, mas se você pode encontrar humor nas bizarrices e incongruências da sociedade, e isso chega a ir ao ar, significa que há muita liberdade para a arte naquele ambiente. Acredito que isso se encaixe aqui. O enredo é simples, uma família norte-americana disfuncional: os pais Peter e Lois, os filhos Meg, Chris e o bebê Stewie, e o animal de estimação, o cão Brian, que é escritor. A série é ambientada na cidade fictícia de Quahog, Rhode Island. Nem sempre pego todas as referências da cultura americana, são tantas piadas que algumas passam direto, mas quando dá pra entender, é aquele humor que te deixa perplexo. A série foi cancelada pela Fox após a terceira temporada, e vendida praticamente de graça para o Cartoon Network. Posteriormente foi relançada em DVD e as vendas explodiram. Foram vendidas mais de 2 milhões de cópias em um ano, tornando-se o programa de televisão mais vendido em DVD de 2003 e o segundo mais vendido da história. Isso trouxe de volta o interesse da Fox que encomendou mais episódios, depois de um hiato de três anos. Hoje, a série tem 16 temporadas, disponíveis no Prime Video (streaming da Amazon).
Despachos de Outro Lugar - Prime Video
Eu tinha lido sobre essa série, e que ela era bem diferente dos roteiros a que estamos acostumados, e isso me chamou a atenção. Assim que apertei o play, já percebi uma direção de arte virtuosa, e um enredo capcioso: um homem tem uma vida bem entediante, até que é impactado por um folheto na rua. Imediatamente ele é envolvido em uma espécie de gincana, quase que uma caça ao tesouro que te deixa perplexo do começo ao fim. Ele não está sozinho, está acompanhado de ótimos atores como o rapper André 3000 e a atriz Sally Field (ambos merecem ganhar um prêmio, na minha opinião). Eu fui assistindo cada um dos episódios só para ver no que ia dar, e ao final dos 10 episódios de uma hora, pensei que daria para ter editado e tirado uns 30% de tudo o que se passou ali. Mas o importante é que a série acaba tendo uma mensagem, apesar dela também não ser muito clara (eles não leram o link do matemático Gian Carlo Rota). Enfim, essa série traz um escapismo da realidade (algo muito necessário hoje em dia) e chega uma hora em que você relaxa sobre todo o enredo e simplesmente se deixa levar na piração do roteiro.
Até a próxima!